Lino Villaventura

Além do prestígio no mundo da moda, o trabalho de Lino começava a ser reconhecido nas artes plásticas também. Em 1988, o Stedelijk Museum, de Amsterdã, havia arrematado um vídeo com o registro das criações do estilista. E em 1995, os trabalhos de Lino integraram a exposição "Art do Wear - Lunst als Kleidung", na Alemanha. Participou, ainda, da exposição "A Arte do Brasil em Beirute", no Museu Sursoak, no Líbano.
O livro
O livro dedicado ao estilista paraense tem como foco principal sua incansável pesquisa técnica e desenvolvimento de materiais. Com o preciosismo da alta-costura, trabalha com minúcia as matérias mais inusitadas, valorizando o trabalho manual e os elementos nativos. As fotos de detalhes de suas peças nos permitem conhecer a riqueza e a originalidade com que Lino trabalha elementos simples como a palha ou exóticos como as peles de cobra e escamas de peixe. Descrições dos procedimentos técnicos nos permitem imaginar as movimentações do ateliê. Como num verdadeiro laboratório de experimentações, é possível acompanhar os complexos procedimentos que levam o material bruto a se transformar em tecidos delicados e requintados. Com sua criação atemporal e artística, Lino não se furta aos desafios formais, investiga as características de caimento e constrói suas coleções com o mesmo rigor com o qual une, um a um, milimétricos pedaços de tecidos. Também é focalizado seu trabalho com figurinos de teatro e cinema.
SPRING/SUMMER 2013
Coleção repleta de transparências e detalhes, onde as modelos desfilavam fazendo uma misteriosa e sensual interpretação com os braços. Lino Villaventura mantém sua postura de que inspiração não se explica, apenas sente-se, apresentando uma coleção performática, onde o público nem sentiu a ausência de um tema ao apreciar as criações luxuosas do estilista.
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