MODA CEARENSE.
Se antes as confecções e os ateliês funcionavam de maneira amadora
nos quintais domésticos e se trabalhava quase sempre de maneira
autodidata, limitada a própria rede de conhecimento local, muita coisa
mudou. A história do ensino superior em moda no Estado começa com a UFC,
que criou sua graduação em Estilismo e Moda em 1994 consequência dos bons
resultados de um curso de extensão vinculado ao departamento de Economia
Doméstica. Em 2002, o curso foi reconhecido pelo Ministério da Educação. O
primeiro curso de graduação específica em moda de uma instituição federal de
ensino superior passou por mudanças profundas em sua grade curricular em 2010,
mudando até de nome. Agora, mais alinhado às necessidades do mercado, chama-se
Design de Moda.
A tradição do Ceará no setor, o aquecimento da
economia nos últimos anos e a maior demanda por profissionais da área levaram
outras faculdades cearenses a investirem em bacharelados e graduações
tecnológicas em moda. Depois da UFC, a primeira a abrir seu curso foi a
Faculdade Católica do Ceará, sendo seguida pela Estácio FIC e FaNor. A
própria UFC abriu mais um curso, o de Design de Produto, em Juazeiro do
Norte.Com centenas de profissionais já graduados, surgiu a necessidade de
pós-graduações.
A informação focada em logística,
marketing, estilo, história e gestão contribui para uma formação mais adequada
e coloca o Estado entre os grandes produtores e referências do mercado nacional
de moda. Estilistas criam, com qualidade, em um tempo global; modelos pisam com
segurança nas passarelas daqui e de outros cenários; empresários apostam cada
vez mais na moda como negócio, no aprimoramento de seus funcionários, na
pesquisa e no valor da informação; e as indústrias, apesar da concorrência
chinesa e outros entraves fiscais, continuam produzindo regularmente no
abastecimento do mercado interno e externo. Segundo a Associação Brasileira
da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), atualmente, o Estado ocupa o quinto
lugar no ranking dos polos produtores de moda do País.
Calçados, artigos de couro, têxteis e vestuário
já se consolidaram como os mais importantes itens cearenses que ganham o mundo
todos os dias. O grande sucesso entre os calçados cearenses no mercado
internacional são os produtos feitos de plástico e de borracha, sobretudo os
chinelos e as sandálias microporosas: produtos de baixo valor agregado, o que
os torna bastantes competitivos no mercado. E é do sul do Ceará que sai boa
parte da produção estadual. O polo do Cariri tem um histórico de
desenvolvimento em comércio exterior significante. Das 200 empresas instaladas,
cerca de 20 são potencialmente exportadoras.
Os eventos de moda são importantes
principalmente por estimular a aproximação entre produtores e comerciantes e de
ambos com os consumidores. As feiras são oportunidades para trocar informações,
buscar inspirações, conquistar novas parcerias e estreitar o relacionamento com
clientes. Elas representam, muitas vezes o início dos negócios, grandes
exemplos dos eventos: Fortaleza Fashion Week, Ceará Summer
Fashion,Moda Íntima Ceará e o Dragão fashion Brasil .
Dragão Fashion Brasil (DFB) em preparação para sua
edição comemorativa de 15 anos, que será de 13 a 18 de abril, em Fortaleza, o
DFB propõe às instituições de ensino de moda e design do Brasil uma parceria
por meio de suas oficinas de criação com o tema Onde há fumaça, há fogo.
Próxima semana postarei entrevista a estilistas cearenses
Andrea Cerqueira
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