domingo, 3 de fevereiro de 2013

 MODA CEARENSE.




    Se antes as confecções e os ateliês funcionavam de maneira amadora nos quintais domésticos e se trabalhava quase sempre de maneira autodidata, limitada a própria rede de conhecimento local, muita coisa mudou. A história do ensino superior em moda no Estado começa com a UFC, que criou sua graduação em Estilismo e Moda em 1994 consequência dos bons resultados de um curso de extensão vinculado ao departamento de Economia Doméstica. Em 2002, o curso foi reconhecido pelo Ministério da Educação. O primeiro curso de graduação específica em moda de uma instituição federal de ensino superior passou por mudanças profundas em sua grade curricular em 2010, mudando até de nome. Agora, mais alinhado às necessidades do mercado, chama-se Design de Moda.
    A tradição do Ceará no setor, o aquecimento da economia nos últimos anos e a maior demanda por profissionais da área levaram outras faculdades cearenses a investirem em bacharelados e graduações tecnológicas em moda. Depois da UFC, a primeira a abrir seu curso foi a Faculdade Católica do Ceará, sendo seguida pela Estácio FIC e FaNor. A própria UFC abriu mais um curso, o de Design de Produto, em Juazeiro do Norte.Com centenas de profissionais já graduados, surgiu a necessidade de pós-graduações. 
     A informação focada em logística, marketing, estilo, história e gestão contribui para uma formação mais adequada e coloca o Estado entre os grandes produtores e referências do mercado nacional de moda. Estilistas criam, com qualidade, em um tempo global; modelos pisam com segurança nas passarelas daqui e de outros cenários; empresários apostam cada vez mais na moda como negócio, no aprimoramento de seus funcionários, na pesquisa e no valor da informação; e as indústrias, apesar da concorrência chinesa e outros entraves fiscais, continuam produzindo regularmente no abastecimento do mercado interno e externo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), atualmente, o Estado ocupa o quinto lugar no ranking dos polos produtores de moda do País.
    Calçados, artigos de couro, têxteis e vestuário já se consolidaram como os mais importantes itens cearenses que ganham o mundo todos os dias. O grande sucesso entre os calçados cearenses no mercado internacional são os produtos feitos de plástico e de borracha, sobretudo os chinelos e as sandálias microporosas: produtos de baixo valor agregado, o que os torna bastantes competitivos no mercado. E é do sul do Ceará que sai boa parte da produção estadual. O polo do Cariri tem um histórico de desenvolvimento em comércio exterior significante. Das 200 empresas instaladas, cerca de 20 são potencialmente exportadoras.
   Os eventos de moda são importantes principalmente por estimular a aproximação entre produtores e comerciantes e de ambos com os consumidores. As feiras são oportunidades para trocar informações, buscar inspirações, conquistar novas parcerias e estreitar o relacionamento com clientes. Elas representam, muitas vezes o início dos negócios, grandes exemplos dos eventos: Fortaleza Fashion Week, Ceará Summer Fashion,Moda Íntima Ceará e o Dragão fashion Brasil .
   Dragão Fashion Brasil (DFB)  em preparação para sua edição comemorativa de 15 anos, que será de 13 a 18 de abril, em Fortaleza, o DFB propõe às instituições de ensino de moda e design do Brasil uma parceria por meio de suas oficinas de criação com o tema Onde há fumaça, há fogo.

Próxima semana postarei entrevista a estilistas cearenses Andrea Cerqueira

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